Colunista - Manu Drumond

Das pausas que a vida pede

Por Manu Drumond

02/05/2017

Quase um mês que não envio um novo texto para esta coluna. Eu bem sabia do meu prazo, dos dias que se passaram e das linhas que deixei de escrever. Me cobrei, me julguei, me senti mal a cada dia que lembrava do dever não cumprido.

Nos últimos dias comecei a pensar sobre o que escrever, e fiquei rodando sobre o tema perdas, queria muito escrever sobre o que perdemos. Talvez porque nas últimas semanas perdi pessoas, ganhei outras, cai e levantei. Era o prato cheio para falar de perdas, não é mesmo? Mas, não fluiu.

E que ironia, logo eu que na última coluna falei sobre a hora certa, que a vida escolhe o momento certo para as coisas acontecerem. Foi aí que percebi que até para os textos que vamos levar ao mundo, tem o momento. Então, não é a hora para falar das perdas, vou deixar esse tema maturar e voltamos com ele em outra oportunidade.

Ok, Manu, e vamos falar de? Vamos falar das pausas.

As últimas semanas foram intensas, pesadas, cheias de sentimentos diferentes, de choro, de pesar. E por mais que eu tentasse colocar isso pra fora, jogar para o papel, as palavras não se conectavam.

Aí eu vi que às vezes é bom parar, se permitir pausar e depois prosseguir. A vida tem seu ritmo e nós precisamos de parar e respirar antes de seguir em frente. E, parar nem sempre quer dizer desistir ou desanimar, quer dizer apenas uma pausa.

No dicionário pausa é apresentada como “suspensão temporária de ação ou movimento.”. É só isso.

Para quem está começando a empreender, a criar e tantos outros começos é difícil ver a necessidade de pausar, queremos ir em ritmo rápido e constante. Mas aí vem nosso organismo, nosso cérebro, a vida e pede um tempo para assimilar e voltar.

Então, foi isso que aconteceu comigo e aqui nesta coluna. Uma pausa.

Estou de volta? Sim, estou de volta. Talvez em um ritmo mais lento inicialmente, mas de volta e consciente da importância das pausas na nossa caminhada.

Posso te dar um conselho? Permita-se parar e entender o que está acontecendo e daí tomar um novo ou o mesmo rumo. Não se julgue achando que é corpo mole, que é preguiça, é só uma pausa para tomar fôlego. Não se afobe não, que a vida é coisa passageira.

Um beijo!

 

Manu Drumond é viciada em café, é apaixonada por pessoas e suas histórias. Nasceu no interior de Minas, mas fez de Beagá seu lar. Formada em Jornalismo e especialista em Redes Sociais.  contato@manudrumond.com