Colunista - Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto

O SOL DE AMANHÃ

Por Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto

07/06/2017

É indescritível conversar com pessoas que tenham o cabedal da minha tia emprestada Zélia Rosária de Miranda, essa conversa toda, tornou a velhos tempos de uma democracia fajuta. Continuando, avançamos por outra democracia mais fajuta ainda. Diversificamos. Passamos, novamente, por uma União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, passamos pela Polônia, passamos por Cuba, pela Coréia do Norte, até que chegamos ao Brasil com "Z". De tudo isso, pelo menos da minha parte, neófito operador do direito, neófito escriba, cheguei a tese de que tudo não passa de mera divagação.

Nada vale ser de esquerda, da direita, ou do centro; ortodoxo, ou extremamente neoliberal. Não há entre nós, meros mortais, consenso no que pertine ao melhor sistema e a justeza de igualdade social. Por oportuno, ouso me reportar ao debate de Clarence Darrow contra um pastor fundamentalista que com veemência insistia em não permitir que se lecionasse nas escolas sobre a teoria da evolução de Charles Darwin, sob o escopo de que esta última atingia de pronto a existência de Deus. Nada uma coisa com a outra.

Deus é soberano e sempre será, nesse viés, a ciência não impede a religião, tanto quanto a religião não impede a existência de Deus. Por derradeiro, o que nos resta, ainda que hóspedes da existência humana na terra, parafraseando melhor poeta é "encostar a cabeça no travesseiro, dormir e sonhar que amanhã o sol vai nos iluminar".