Ainda escrevo cartas. São cartas para Julieta. Na verdade não a conheço. Conhecerei algum dia. Para escrever com verdade, é a primeira carta. Da mesma forma e modo, escrevo cartas para ela. Que ela não leia. Outro carta segue para Anna e Adriana, que não gostam de ler e menos ainda do que escrevo. Julieta pode ser que seja Francesa. Ela me parece italiana. Uma belíssima ilaliana. Anna, sendo espanhola é amiga de Adriana, que por seu turno é bela de toda nacionalidade. Todas viajam juntas na "aventura humana na terra".

Assiná-lo com destaque que sou brasileiro. Exijo que me reconheçam. Brasileiro com S. Nacional do Brasil com "S" e não com "Z". Única certeza que posso transportar. Contam que nasci entre montanhas e muito verde. Advirto, contudo, que já não uso arco e flecha. Sim, tenho dúvidas na alma, tanto qualquer alienígena. Questiono e muito a fotografia na parede. Que me mostraram lá em Itabira.

Foi na escola, perto da igreja e frente a casa dos amores de ontem e sempre. Duvido muito que possa ser mineiro e ter ferro na alma. Minas como Minas ensina, não existe, se é que existiu. Percebo que tudo é invencionice dos doutrinadores que sequestraram minha alma na infância. Sobra Minas por demais. Minas do norte, do leste, do sul, da zona da mata, e sabe Deus de onde mais. Minas não existe nem mesmo no "uai" daquela gente. No triângulo coelho agora é peixe? Que gente mineira esquisita. Que fotografia pedante. Largo tal Minas que não tem Mineiro, para não morrer de saudade.

Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto é um renomado advogado com vinte e cinco anos de atuação na área criminal. Ele adora defender seu semelhante e, além dessa bonita profissão, gosta de escrever crônicas nos momentos de lazer. Ele é casado com a rioesperense Drª Sara Miranda, reside na maravilhosa cidade de Rio Espera e é colunista em nosso portal de notícias.