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Prefeitura de Congonhas dá passo decisivo para que Matadouro entre em operação

15/07/2017

A Prefeitura de Congonhas assinou o contrato de concessão do Matadouro Municipal com a “Ponto Nobre Shopping da Carne”, de Campo Belo, cidade do Sul de Minas, por meio de processo licitatório da modalidade de Concessão de Direito Real de Uso de Imóvel Público, realizado pela Diretoria de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável. Segundo os termos do certame, a empresa irá utilizar as instalações durante um prazo de 20 anos, renováveis por mais 20.

A Administração Municipal não precisará mais investir recursos no local, ficando a cargo da empresa a obrigação de terminar as obras do Matadouro, bem como proceder a toda a parte de licenciamento ambiental para o funcionamento do empreendimento.

O Matadouro foi construído para o abate de bovinos e suínos e possui uma grande estrutura física, tendo 472,92 m² de edificação industrial. Segundo a empresária Mariana de Alencar Braga, “a ideia é transformá-lo no Carne Forte Frigorífico, já que o custo operacional de um matadouro é alto, o que acabaria elevando o preço do serviço para os açougues de Congonhas e região. Para isso, iremos investir durante a primeira etapa R$ 1 milhão e outros R$ 2,5 milhões na fase de finalização”.

A empresária explica que o primeiro passo será a adequação do projeto. “Fechamos contrato com a empresa ExperConsult, especialista na área operacional de frigoríficos, para adequar o projeto executivo e também providenciar e  acompanhar as licenças junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) [que é responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo, bem como de produtos importados], o que tornará possível comercializar os produtos em todo o Brasil e no exterior. Esta empresa tem 30 dias para apresentar o anteprojeto de reforma e ampliação que encaminharemos à Prefeitura, para aprovação junto aos órgãos competentes. Sendo aprovado, haverá mais 30 dias para que o projeto executivo esteja pronto. A fase de adequação e reforma  compreende a construção da salgadeira,  a  finalização da construção dos biodigestores que garantirá a produção de parte da energia do frigorífico evitando que os gases sejam jogados na atmosfera, instalação de mais três câmaras frias e um túnel de congelamento,  ampliação do reservatório de água, construção de escritório administrativo e outro para instalação do SIF, ampliação dos currais, baias dos suínos, aumento na altura do corredor bovino, sala de necropsia, sala de incineração, sala de desossa além da adequação dos vestiários e refeitórios dos funcionários dentre outras melhorias”, enumera. 

O diretor operacional do Carne Forte Frigorífico, Lucas Brasil, informa que o projeto será dividido em duas etapas. A primeira é a de prestação de serviço aos açougues de Congonhas e região, sendo que esta atividade seguirá em execução posteriormente, já que o contrato com a Prefeitura determina que a finalidade inicial de uso das instalações não poderá deixar de ser executada com o passar dos anos. A segunda será a aprovação do SIF, a partir do quê começaria atuar também como frigorífico. Este tem capacidade de armazenamento e de comercialização dos produtos.

 

Mão de obra

De acordo com Mariana de Alencar Braga, “será utilizada mão de obra local para execução das obras, como também para as duas fases de operação. Já nesta serão gerados entre 30 e 50 empregos na primeira fase, podendo este número chegar a 100 na segunda. Priorizaremos a mão de obra local, com destaque para Lobo Leite, onde percebemos uma defasagem na oferta de emprego, mas também para a mão de obra deste setor de abate de bovinos e suínos, que atualmente acaba atuando informalmente”, garante, ao mesmo tempo em que promete viabilizar a melhoria do gado da região a partir do leilão rural para bovinos, o que também, segundo ela, eleva a oferta de carne de qualidade. Ela afirma ter escolhido Congonhas para investir por sua posição economicamente estratégica, possibilitando a prestação de serviço e comercialização de carne para a cidade e região.

“Contamos com o apoio do Ministério Público e dos demais órgãos competentes para que haja a devida fiscalização contra o abate cruel e clandestino de bovinos e suínos. Esta prática coloca em risco a saúde pública e o meio ambiente”, finaliza a empresária do Carne Forte Frigorífico.

"Demos um passo decisivo para resolver um problema que se arrasta desde 2005, ano em que o Matadouro começou a ser construído. Quando assumimos a SDS no primeiro mandato do prefeito Zelinho, a missão de colocar o Matadouro em operação era uma de nossas metas: passar a gestão do empreendimento para a iniciativa privada, que é sem dúvida a melhor alternativa para ele começar a funcionar o quanto antes e começar a cumprir o objetivo de garantir o adequado abate de animais em nossa cidade. Assim o Município verá o resultado dos recursos que empregou na obra retornarem em forma de impostos, geração de emprego e de qualidade da carne que será oferecida ao cidadão”, declara o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Christian Souza Costa.

O Matadouro fica à MG-030, KM 0, no Distrito de Lobo Leite.