Pode ter sido assim, tal qual fosse uma criança antiga escrevendo versos sem sentido. Tudo poderia ter sido diferente se não escrevesse versos lá no fundo do quintal da minha casa. Repleto de pássaros, repleto de árvores, entre as quais eu me escondia. Por lá eu brincava de xerife do velho oeste. Existia apaches, comanches e o forte apache. Eu dizia para mim mesmo enquanto criança que eles destruíram o meu forte. Eu era xerife, e ao mesmo tempo capitão da cavalaria com aquele uniforme azul enfrentando Jerônimo, Touro Sentado, e ao mesmo tempo Doc Holliday. Eu era mais rápido do que eles no gatilho de criança. Não sabia que crescer, envelhecer, seria o desespero da alma. Hoje, eu apenas posso sonhar, como era gostoso brincar. Deus, que brincadeira de criança ter vívido e hoje apenas poder me lembrar.

Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto é um renomado advogado com vinte e cinco anos de atuação na área criminal. Ele adora defender seu semelhante e, além dessa bonita profissão, gosta de escrever crônicas nos momentos de lazer. Ele é casado com a rioesperense Drª Sara Miranda, reside na maravilhosa cidade de Rio Espera e é colunista em nosso portal de notícias.