Congonhas

Protocolo permite direcionar adequadamente para tratamento casos de tentativa de suicídio em Congonhas

03/04/2019

Ao registrar grande número de casos de tentativa de suicídio e pensamento sobre suicídio, a Unidade Regional de Saúde Mental (URSM) de Congonhas passou a tratar o problema internamente e, em seguida, iniciou a discussão com diversos setores da rede para buscar estratégias de prevenção.

Em agosto de 2018, foi criado o Protocolo Municipal de Prevenção do Suicídio. Este prevê fluxos de atendimento e encaminhamentos para os casos de risco. No protocolo, estão previstos também ações de capacitação para profissionais, ampla divulgação dos pontos de atendimento para estes casos, o aumento do número de profissionais das equipes, realização de reuniões semestrais para avaliar sua efetividade, a necessidade de serem feitas alterações pertinentes, capacitações dos profissionais envolvidos e a realização de ações conjuntas, sendo uma delas o Setembro Amarelo.

Graças à criação do protocolo, a rede de atenção está conseguindo direcionar cada caso para o serviço que melhor o atenda. Os que envolvem risco de suicídio devem ser encaminhados para os serviços de Saúde Mental. Mas se a pessoa corre risco de morte, primeiro ela deve passar pelo serviço de urgência, para depois de receber alta, ser atendida pela saúde mental, que a auxiliará para evitar novas tentativas de por fim à vida.

“Queremos envolver amplamente a rede e a comunidade, no entendimento de que o suicídio é problema que deve ser abordado por vários pontos de atenção. É necessário fundamentalmente que as pessoas saibam como ajudar e onde pedir ajuda”, explica a terapeuta ocupacional e coordenadora do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) II de Congonhas, Jamile Alves Pereira.

A reunião semestral prevista pelo Protocolo Municipal de Prevenção ao Suicídio ocorreu na semana passada. Participaram deste encontro, além de representantes do CAPS II, Ambulatório, CAPS AD e o CERPAI, que compõem a URSM, e de outros setores da Saúde de Congonhas, como a Coordenação de PSF, Farmácia Central, Núcleos de Assistência à Saúde da Família (NASF) do município e dos vizinhos Jeceaba e Desterro de Entre Rios; equipamentos de Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (SEDAS) da Prefeitura de Congonhas, como o CRAS, Centro de Referência do Idoso (CRI) e a equipe de Alta Complexidade; Secretaria de Educação da Prefeitura de Congonhas; Presídio de Congonhas; Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura de Congonhas; Conselho Municipal de Saúde; Corpo de Bombeiros; APAE; além de entidades religiosas e associações filantrópicas.

Para este mês de Abril, está prevista a capacitação de profissionais da URSM, da Clínica da Mulher, de professores da rede municipal de ensino e de coordenadoras no Núcleo Pedagógico e da psicóloga do Presídio de Congonhas. Em julho, ocorrerá novo encontro para que todas as partes participem da organização da campanha do Setembro Amarelo de 2019.

Histórico

Diversos procedimentos foram obedecidos, em 2018, durante o processo de elaboração do protocolo. Em maio, o tema começou a ser trabalhado com o público alvo com a palestra sobre prevenção do suicídio e valorização da vida. Em agosto, iniciaram-se as reuniões para que o protocolo fosse delineado e em setembro, o documento foi concluído. Logo em seguida, ocorreu a capacitação de agentes comunitários de saúde, enfermeiros do PSF e profissionais dos CRAS.