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Participantes de Audiência em Congonhas aprovam plano de gestão dos resíduos sólidos

01/06/2017

Representantes da Prefeitura de Congonhas, do Legislativo, da sociedade civil e da iniciativa privada participaram de uma Audiência Pública realizada nesta última terça-feira, 31, no salão nobre da Câmara Municipal. Durante o evento, o Governo Municipal apresentou o resultado do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e coletou novas sugestões que serão inseridas no documento final. Embasado nos levantamentos e nas análises técnicas feitas ao longo de 2016, o plano contém a proposta de um modelo de gestão, com a identificação de programas, projetos e ações que envolvem a geração e descarte de resíduos (úmido, reciclável, de construção civil e hospitalar, eletroeletrônico, entre outros) no Município nos próximos 20 anos. Ao final da apresentação, a plateia se mostrou satisfeita com a Audiência Pública.

Vinícius Belatto, engenheiro civil, sanitarista e ambiental da AMPLA Consultoria e Planejamento, contratada por meio de licitação pela Prefeitura para elaborar o plano, avaliou de forma positiva a audiência. “Fiquei bem feliz com a participação das pessoas na etapa de prognóstico, que ocorreu em número bem maior do que nas reuniões de diagnóstico, que realizamos nos bairros. A Audiência Pública demonstrou o interesse que Congonhas tem nesta área: pessoas com dúvidas, sugestões, agregando bastante ao trabalho”.

O especialista diz ainda que para Congonhas o mais importante, nos próximos anos, é a conscientização das pessoas. “Percebemos aqui uma estrutura boa com relação ao sistema de limpeza urbana, os serviços prestados passam boa impressão, mas há falha na educação ambiental. Por isso que são 20 anos de execução, para que haja tempo de desenvolvimento de todo o processo”, explicou.

Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Christian Souza Costa, a questão da coleta e destinação dos resíduos sólidos tem sido tratada com uma política pública em Congonhas. “Este tema surgiu como um embrião para que se implantasse a Coleta Seletiva e vem sendo aperfeiçoado durante o Governo Zelinho. Agora precisamos do crescimento da Coleta Seletiva e de uma campanha educativa para fortalecer a separação dos resíduos nas residências. Já há um trabalho contínuo de educação ambiental nas escolas. Os alunos chegam às suas casas e ensinam aos pais as novas técnicas apreendidas nas escolas. Precisamos leva-la para toda a cidade. Participamos de um processo contínuo de aperfeiçoamento. Este plano é um passo decisivo para atingirmos um outro nível mais adiante, de gerenciamento dos resíduos sólidos, com uma reciclagem consistente e a compostagem do material orgânicos [que o Município ainda não desenvolve]. Assim iremos colocar no Aterro Sanitário somente o que não tem nenhum tipo de aproveitamento. Quando atingirmos este objetivo, geraremos mais renda para os catadores, serão gastos menos recursos dos cofres públicos para coleta e acondicionamento do lixo e poluiremos menos o meio ambiente”, acrescentou.

 

A coleta convencional já atinge a 100% da área urbana. O plano prevê que ela se estenda à zona rural, juntamente com a Coleta Seletiva. A Diretora de Meio Ambiente, Diana Sena, reafirma que a maior preocupação dos envolvidos neste processo é diminuir a quantidade de lixo reciclável que vai para o Aterro Sanitário.  “Das 31 toneladas/dia destinadas para o Aterro Sanitário diariamente, somente 11% – ou seja aproximadamente 4 t/dia  –  é que deveriam ir para lá. Somente 5% dos resíduos coletados são encaminhados à usina de reciclagem para beneficiamento por parte dos catadores da ASCACON. O ideal seria que 55% do lixo recolhido fosse para a reciclagem e 29%, para a compostagem. Mas para que isso ocorra, a participação da população é essencial. A separação do material é feita dentro de casa”, lembra.

Ecotres

O Consórcio Público Intermunicipal de Tratamento de Resíduos Sólidos (ECOTRES), que reúne Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco e Congonhas se destina a acondicionar os resíduos dos três Municípios. Atualmente Congonhas não faz uso do aterro do consórcio, localizado em C. Lafaiete. Em breve, segundo o secretário Christian (SDS), o consórcio deverá assumir o Aterro Sanitário de Congonhas e formar uma rede com os das demais cidades associadas, planejando a distribuição dos resíduos entre os aterros, para otimizar o aproveitamento dessas áreas, o que por sua vez reduzirá mais custos dos cofres públicos e ampliará para 15 anos a vida útil do de Congonhas. O Ecotres deverá também no futuro promover ações, como campanhas educativas regionais.