Por Emanuel Tadeu - COLUNISTA
08/03/2021
Mulheres
As mãos que vejo
Cansadas da labuta
Com força e ternura
São dela, são da mulher.
Mãos de trabalho,
Mãos do afago,
Mãos de mãe,
Mãos do regaço,
Mãos de mulher.
Os olhos que vejo são dela
Olhos recheados de amor
Banhados pela vida
Entre tantas feridas
São dela, são da mulher.
Os pés nos sapatos
Entre um passo e o descompasso
Caminham pela vida
Deixam passos em seguida
São dela, são da mulher.
O sorriso aberto
As palavras em melodia
O gosto pelos filhos
A luta de cada dia
São elas, são mulheres.
De calça ou de saia
No escritório ou na cozinha
Nos livros ou nas panelas
São atentas e fortes
São elas, as mulheres.
O coração em seu peito
Palpita em segredo
No ritmo da vida
Trabalho e família
É dela, é da mulher.
Não se preocupe, ó doce ser
A vida tem tantas batalhas
Mas no correr dos ponteiros
Não deixarão passar em branco
A grandiosidade do seu ser, ó mulher.
Emanuel Tadeu é um poeta, neste instante do existir, buscando no simples o extraordinário que se manifesta. Natural da pequena Rio Espera, de uma singela família. É Seminarista da Arquidiocese de Mariana e Bacharel em filosofia pela Faculdade Dom Luciano Mendes.