Nos últimos dias a PM tem observado um aumento nos casos de golpes perpetrados por meio de ligações telefônicas direcionadas a estabelecimentos comerciais. Os criminosos estão utilizando táticas de estelionato e extorsão, manipulando e ameaçando funcionários e proprietários com o intuito de obter vantagens econômicas ilícitas.

Por meio de mentiras enganosas e ameaças veladas, eles pressionam as vítimas a realizarem transferências bancárias, depósitos ou transações via PIX. Aos comerciantes, a Polícia Militar recomenda, enfaticamente, que orientem e treinem os seus funcionários para estarem atentos a qualquer chamada telefônica suspeita.

É importante que saibam como se portar em situações como essas e que estejam cientes de que em caso de receberem solicitações suspeitas por telefone, nunca compartilharem informações pessoais, bancárias ou financeiras, sendo de igual importância instrui-los a sempre verificar a autenticidade da solicitação antes de realizar qualquer transação.

A Polícia Militar salienta que em caso de fundada suspeita de atividade criminosa, não hesite em contatar imediatamente as autoridades locais. O conhecimento e a preparação são nossas melhores armas contra os golpes. A título de exemplo, seguem algumas falas usadas pelos criminosos em situações anteriores em tentativa de golpes aqui em Conselheiro Lafaiete:

- O autor inicia a conversa de forma bem articulada e informa que ele e seus comparsas estão monitorando a loja e seus funcionários.

- Orienta que a vítima em potencial não desligue o telefone, não acione a Polícia Militar, não se desespere, pois estão observando tudo do lado de fora e que, em caso de não colaboração, o lojista/comerciário pode “tomar um tiro da cabeça” de um dos autores que está nas proximidades do estabelecimento;

- Orienta o lojista a separar certa quantia em dinheiro e que um dos autores vai passar em um carro preto, desembarcar, entrar na loja e pegar o dinheiro.

- Em outras situações, alega que um integrante da organização criminosa foi preso e que estão precisando levantar uma determinada quantia. Por vezes, acusa insistentemente o comerciante de ter feito denúncia anterior que culminou em prisão de integrante da organização criminosa e que por isso a vítima deve levantar valor em dinheiro para não sofrer as consequências;

- Usam endereços reais de Conselheiro Lafaiete ou informações facilmente obtidas para contextualizar as suas falas e convencer o comerciante de algo. Importante ressaltar que aparentemente os telefones destinatários das ligações são obtidos sobretudo pela internet e tem como alvo qualquer loja ou prestador de serviço, não havendo um padrão.

Em certas ocasiões, algumas chamadas acabam caindo em residências ou no telefone pessoal do lojista e o autor acredita estar falando na loja. Em outras situações, o autor afirmava que estava vendo o lojista atrás do balcão, sendo que a loja estava com a porta totalmente fechada ou com a vítima fora do campo de visão, fato que confirma a informação de que os golpistas estão aplicando golpe de forma remota.