De toda sorte, o Brasil brasileiro, tem a idéia de que suas vítimas estão embaixo da terra. De outra sorte, àqueles que tem seus filhos "na masmorra" ou nos manicômios judiciários sabem da verdade, mascarada que a imprensa nas entrelinhas demonstra de que está tudo certo. Nada disso. Há que se entender da tristeza e da angústia de quem perde um ente querido, por outro lado brasileiros, não sejamos hipócritas no sentido de que nossos mortos não poderemos ver ao passo que nossos vivos na masmorra ou nos "manicômios judiciários" sempre teremos a oportunidade de abraça-los, não, não é nada disso que a verdade demonstra, para aqueles que diuturnamente convivem com todas as faces da moeda. 

Pelo que vislumbrei, e que o grande arquiteto do universo me perdoe, é preferível que eu possa me ajoelhar e rezar pelo meu ente querido na "veneranda hospedaria das relíquias do passado", do que visitá-lo na "masmorra" que ao viso desse direito fajuto, chama de recuperando ou ter a falsa ilusão de que nos "manicômios judiciários" ele poderá sair recuperado. Gosto, e prefiro assumir a posição fetal para esconder o raciocínio e fechar meus olhos, do que observar está triste mentira humana. De alguma forma, é preciso que nós ainda denominados "normais", aprendamos tanto quanto ensinou Clarence Darrow, "que conheçamos esse frágil pedaço de argila". Se chegarmos a esse entendimento, chegaremos, então à clemência, e a clemência faz parte da justiça!

Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto é um renomado advogado com vinte e cinco anos de atuação na área criminal. Ele adora defender seu semelhante e, além dessa bonita profissão, gosta de escrever crônicas nos momentos de lazer. Ele é casado com a rioesperense Drª Sara Miranda, reside na maravilhosa cidade de Rio Espera e é colunista em nosso portal de notícias.