Por Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto - COLUNISTA
03/04/2020
A verdade chega devastando sonhos infantis. “Queluz de Minas” nunca existiu. É gente morta, é cidade morta. Violas e violeiros fantasmas. Vielas fantasmas, abraços fantasmas. Rosas ofertadas e esquecidas na janela de uma professora morta antes de amar o poeta que nem mesmo chegou a nascer. Os botequins, então, não enganaram ninguém. Sabe-se apenas, que serviam cana-do-mato aos visitantes que nunca de verdade existiram. Todos, mesmo que sombras, se foram para São Simão. Sempre foram desejosos da mudança de substância. De alma era impossível qualquer alteração. A mentira histórica ou política ou religiosa fascinava o copista. Facínoras de Veiga Miranda, contam, andam livres com toda espécie de seu gênero. O fac-similado lhes soltando os corpos veio ao sabor e teor de valor que fora pago. E libertos de “Queluz de Minas” que nunca existiu, a liberdade tem valor real.
Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto é um renomado advogado com 29 anos de atuação na área criminal. Ele adora defender seu semelhante e, além dessa bonita profissão, gosta de escrever crônicas nos momentos de lazer. Ele é casado com a rioesperense Drª Sara Miranda e reside na maravilhosa cidade de Rio Espera onde recebeu recentemente o título de cidadão honorário.