Conselheiro Lafaiete

Glaycon Franco já destinou recursos para fortalecer os trabalhos em defesa dos animais em situação de rua em Lafaiete e região

Emendas parlamentares na ordem de R$ 185 mil permitiram a aquisição de castra móveis que circulam em municípios mineiros.

10/03/2022

A história da defesa da causa animal em Lafaiete tem marcos relevantes. O município, em 2019, foi destaque internacional ao conquistar a segunda posição em premiação considerada o Nobel nesta área. O deputado Glaycon Franco é um grande apoiador do tema. Partiu dele a destinação de recursos que permitiram, ao Consórcio Público para Desenvolvimento do Alto Paraopeba (CODAP) e a Associação Lafaietense de Proteção Animal (ALPA), a aquisição de uma van e um trailer para castração itinerante de animais de estimação (cães e gatos). Os valores encaminhados foram de R$ 160 mil e R$ 25 mil, respectivamente, e os equipamentos circulam em diversas cidades do Alto Paraopeba e região.

A castração animal, vale lembrar, não é um ato de mutilação. Pelo contrário, é um cuidado ainda maior com a saúde destes seres. É um procedimento cirúrgico que implica, nas fêmeas, a remoção do útero e ovários. No caso dos machos, é realizada a remoção dos testículos. A medida traz diversas vantagens, como evitar a reprodução desordenada dos pets e a prevenção à ocorrência de doenças, como tumores no aparelho reprodutivo, preservando a saúde do animal.

Não bastasse isso, existe também o fator da saúde humana – uma vez que doenças podem ser transmissíveis de um animal para as pessoas. Não são problemas ocasionados pela não castração, especificamente, mas por locais que os animais de ruam permanecem. Alguns exemplos são bem conhecidos no meio veterinário, como as micoses, verminoses, doença da arranhadura (dos gatos), raiva, leptospirose entre outras.

Para Glaycon Franco, a castração é uma medida eficaz para melhor controle populacional dos animais de rua. “Abandonar animais na rua não é solução para uma reprodução não esperada. Quem age assim, acaba prejudicando não só a vida destes seres, mas também dá motivos para questões maiores de saúde pública que podem atingir a população, o sobrecarregar o sistema de saúde”, afirmou.

 

Momento certo

A dúvida que muitos possuem diz respeito ao momento certo em que a castração deve ser realizada. Especialistas afirmam que o ideal é que o animal já tenha tomado as primeiras vacinas e não tenha alcançado a puberdade, ou seja, por volta dos cinco meses tanto no macho como na fêmea.

Situações vivenciadas pelas cadelas não castradas podem gerar uma reação em cadeia para o aumento do número de animais que são abandonados. Estudos apontam que uma cadela, durante sua vida, consegue gerar de 10 a 15 crias e, se seus descendentes continuarem a se reproduzir, o número de nascimentos no período de seis anos pode chegar a 64 mil animais.

Exercícios físicos

E não são apenas os humanos que precisam se exercitar. Animais castrados têm maior probabilidade de ganhar peso. “Se você tem um animal de estimação que passou ou ainda passará por esse importante procedimento veterinário, não esqueça também de intensificar, seguindo as orientações profissionais, os passeios e caminhadas com os animais. Uma prática que melhorará não só os laços afetivos, mas também a qualidade de vida dos donos e dos pets”, finalizou o parlamentar.