Congonhas

Bicentenário de São José em Congonhas e os 79 anos da cidade renderam quatro dias de festa

18/12/2017

A Paróquia de São José Operário e a Prefeitura realizaram quatro dias de celebrações pelos 200 anos de São José Operário em Congonhas e os 79 anos de emancipação política e administrativa da cidade. Enquanto a Igreja cuidou das celebrações, de uma exposição e da quermesse, o Governo Municipal montou toda a estrutura externa e ofereceu ainda segurança e brigadistas para que tudo corresse como o planejado. Outros parceiros também colaboraram com o evento.

As festividades foram encerradas no domingo (17), com o show da dupla paranaense Álvaro e Daniel, cantando músicas religiosas e caipiras de raiz e contagiando o grande público presente. A última Santa Missa terminou com o tradicional “parabéns”, puxado pelo padre Eduardo Bastos, em homenagem a São José Operário e a Congonhas.

Quem esteve presente a Igreja da Ladeira durante os quatro dias acompanhou ainda na parte religiosa a Bênção Solene do Santíssimo Sacramento e missas celebradas pelo Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha, Monsenhor Celso Murilo Sousa Reis e Dom Geraldo Souza e concelebradas por outros padres da Arquidiocese.

 

Na parte cultural, apresentaram-se o Grupo de Câmara da Secretaria Municipal de Educação, interpretando clássicos e canções que remetem à mineiridade, como as do Clube da Esquina; a Orquestra do Projeto Garoto Cidadão (Fundação CSN), com o Concerto “Arcordes de Minas”; o Coral Cidade dos Profetas e o Grupo de Teatro Dez Prás Oito: “Louvor a São José e a Sagrada Família”; e ainda Encontro de Folia de Reis, de Congado, além da Banda Bom Jesus.  

 “Somos gratos as a Deus pelas celebrações deste valioso patrimônio e templo santo consagrado a São José Operário, que completa 200 anos, em uma cidade que é patrimônio cultural mundial e religioso. Agradecemos às equipe das comunidades da Paróquia e da Prefeitura, que trabalharam para que este evento se tornasse possível. Na pessoa do prefeito Zelinho, que participa desta festa conosco comemorando os 79 anos da cidade, felicito todo seu governo por ter montando toda esta estrutura externa, que muito nos ajudou, disponibilizando ainda seguranças e brigadistas e inserindo esta nossa festa no Calendário Oficial de Congonhas. Nossa gratidão também à Arquidiocese, na pessoa de Dom Geraldo Lyrio, que nos apoiou nestas celebrações. Bom também contar com o vereador Koelinho, que está sempre conosco, com o Grupo Dez Pras Oito, o Projeto Garoto Cidadão, os grupos de Congado e de Folia de Reis e à Banda Bom Jesus. Todos abrilhantaram nossas festividades”, agradeceu o Pároco Pe. Eduardo Bastos.

 

Nayara Coimbra, que pertence à comunidade do Boa Vista, participou dos quatro dias da festa. “Nunca houve nesta paróquia aqui uma como esta. A consagração do altar eu nunca tinha visto, as orquestras e corais também apresentaram temas ligados a cidade, isso também foi muito bom. O Pe. Eduardo conseguiu emocionar muita gente por ter apresentado tantos atrativos, graças aos apoios que chegaram”, comentou.

Acostumada a participar das festas da Paróquia, como a do Padroeiro, em 1º de maio, Maria da Paz, que pertence à comunidade de N. Sra. d’Ajuda, do Alto Maranhão, esteve presente no encerramento da festa. “Nos últimos anos, tenho observado uma participação maior, o aumento de fieis e de devotos. É muito bacana também a festa passar a fazer parte do calendário da cidade”, comentou.

Como historiadora, o que mais chama a atenção dela naquela igreja, além do aspecto religioso, é a arquitetura. “Ela deve ter sido uma das últimas feitas com torres redondas, encerrando o estilo Rococó. A fachada dela é maravilhosa. Esta igreja precisa seguir recebendo cuidados de conservação. Sabemos que já há obras previstas”, completou.

Para Rosa Fernandes Monteiro, moradora do bairro Matriz, “essa comemoração merecia uma atenção muito especial como foi, contou com a participação dos moradores da cidade, o Pe. Eduardo tem umas ideias inteligentes. A presença do Dom Geraldo foi muito gratificante. A devoção a São José ficou em primeiro lugar, mas houve espaço também para as manifestações culturais, o que foi muito bacana”.

Memorial

Uma exposição com o nome “Memorial 200 anos da Igreja de São José Operário” ficou aberta ao público durante os quatro dias de festa. Um texto relata a construção da igreja e fotos, sendo a mais antiga a de 1880, quando não possuía torres ainda. Há também a história das outras sete comunidades daquela paróquia, além da do Centro, que são Maria Concebida (Esmeril), Santa Quitéria (Santa Quitéria), Nossa Senhora d’Ajuda (Alto Maranhão), São João Batista (Boa Vista), São Luiz Orione (Alto do Cruzeiro), São Geraldo (Dom Oscar) e Santa Luzia (Dom Oscar). Vice-coordenadora da comunidade do Centro e uma das organizadoras da exposição, Marcele Barbosa disse que foi difícil encontrar fotos, além das que a Paróquia possui e outras que estão na internet.

Obras a caminho

A Igreja Matriz de São José Operário iniciou um ciclo de intervenções realizadas nas igrejas da cidade, quando recebeu restauração completa, por intermédio do Programa Monumenta, no início dos anos 2000. Agora esta Paróquia solicitou a Prefeitura a pintura interna e externa, que será feita no início de 2018. Futuramente novos recursos deverão ser direcionados para aquela igreja a fim de dar sequência às obras de manutenção.