Congonhas

Encontro em Congonhas debateu inclusão educacional e dificuldade de aprendizagem

27/09/2018

Ter acesso à aprendizagem é direito de todos e pensando nisso, Congonhas investe na educação inclusiva. Esse assunto foi debatido durante o 2º Encontro de Inclusão, realizado no último dia 25 de setembro, na Escola Municipal Engenheiro Oscar Weinschenck. A programação da Semana da Inclusão se encerra nesta quinta-feira (27/09) às 18h30, na Casa do Professor com o 14° Cinema Comentado. O filme que será exibido é o "Oitavo Dia".

Além de profissionais da educação, pais e alunos de escolas privadas e públicas, participaram a Secretária Municipal de Educação, Maria Aparecida Resende, a diretora de Educação Infantil e Ensino Fundamental, Rosilene Junqueira, a coordenadora do Núcleo de Apoio Educacional, Márcia D’el Carmo Rodrigues, e a pedagoga do Núcleo, Marluce Geralda da Costa. O neuropediatra Renato Pacheco de Melo ministrou a palestra "Cérebro e Aprendizagem".

A rede municipal de ensino possui 115 alunos com deficiência, com acesso às salas de recursos multifuncionais e contam com professores de apoio e cuidadores. Além disso, as crianças são acompanhadas por uma equipe multiprofissional do Núcleo de Apoio Educacional que, até setembro deste ano, realizou 7.533 atendimentos.

A Secretária Municipal de Educação, Maria Aparecida Resende, explicou ao público os serviços oferecidos na rede de ensino do Município. Entre eles estão os prestados pelo Núcleo de Apoio Educacional, que atende alunos incluídos e alunos com dificuldade de aprendizagem. A equipe é formada por seis fonoaudiólogos, seis psicólogos, dois assistentes sociais, dois pedagogos, dois terapeutas ocupacionais e um coordenador. Os casos de deficiência mais complexos são atendidos na APAE de Congonhas, por meio de uma parceria entre a instituição e o Município.

"O Núcleo de Apoio Educacional não existiria se não fosse o apoio de diretores, pedagogos e de vocês, pais. Precisamos dessa ligação. Em Congonhas, estamos tendo a inclusão agora como algo natural. Agradeço o Governo Municipal por não medir esforços para nos auxiliar nesse sentido. Estamos preocupados em querer atender o aluno da melhor maneira possível. Isso também é o resultado do empenho de toda a comunidade escolar", disse a secretária.

 

A coordenadora do Núcleo de Apoio Educacional, Márcia D’el Carmo Rodrigues e a pedagoga, Marluce Geralda da Costa, explicaram como funciona o serviço de apoio à inclusão no Município. Segundo as educadoras, o público-alvo, conforme a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusive são: alunos com deficiência (física, intelectual, auditiva, visual, múltipla), alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e alunos com Altas Habilidades e/ou superdotação.

Utilizando o tema "Cérebro e Aprendizagem", o neuropediatra Renato Pacheco de Melo falou sobre inclusão, focando nas dificuldades de aprendizagem. Ele explicou o quê e quais são as diferenças entre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dislexia, Transtorno do Espectro Autista (TEA), discalculia, entre outros. "Quando falamos da inclusão, pensamos somente na questão da deficiência. Costumo dizer que cada criança, que tem sua dificuldade, deve ser incluída nas escolas, para que ela possa aprender da melhor forma possível. Sou a favor de colocar as crianças dentro da escola modular e trabalhar a questão da inclusão de forma mais ampla. As escolas públicas estão muito à frente das escolas particulares. Vemos muitas vezes a questão de preconceito. E o preconceito parte dos adultos porque as crianças convivem super bem com crianças deficientes", reforçou.